Em 2011, com certeza o meu carnaval foi diferente. Estávamos na casa de um amigo meu em uma reunião de final de ano, quando um deles soltou: "- Está tendo mega promoções de passagens aéreas para o carnaval do ano que vem para o Chile, paguei só US$ 180,00". Foi quando eu olhei para minha mulher e pensamos juntos: "Vamos comprar e depois pensamos o que fazemos, uma oportunidade dessas não pode ser desperdiçada", pois já conhecíamos o Chile.
Já com as passagens nas mãos, fui conversar com um colega de trabalho que é meio chileno e meio brasileiro, sobre o que eu poderia fazer no Chile, fugindo um pouco do circuito turístico de Santiago. Ele foi direto: "- Você gosta de vinho? Então vai para o Valle del Colchagua, lá se encontram as melhores vinícolas do Chile e não tem aquela turistada que você encontra na Colcha y Toro e em Santiago."
Então fomos nós para o nosso planejamento de viagem. A principal cidade desse vale se chama Santa Cruz, que fica a duas horas de carro do aeroporto de Santiago. As estradas são muito boas, porém vale apena levar o GPS. Procuramos uma pousada para nos hospedarmos nessa cidade e escolhemos a Posada Colchagua. não tenho dúvidas que fizemos a escolha certa, além de não ser cara e os quartos serem bem aconchegantes, seu proprietários são pessoas excepcionais, estão sempre com o sorriso no rosto e são uma excelente companhia para sentar a mesa em um final de tarde e jogar papo fora bebendo um excelente vinho (Esse post não é patrocinado).
A primeira vinícola que fomos visitar foi a Viu Manent. Parece um exagero falar que ficaria o dia todo na vinícola, ma eu garanto que não é, um ambiente super agradável e nostálgico unido a excelente vinhos, fazem com que se tenha a sensação de que o tempo não passa, porém, passa muito rápido. Agendamos o passeio na vinícola pela internet, pois sem o agendamento, se conta com a sorte de ter disponibilidade.
Quando estávamos fazendo o registro para o passeio, um fato curioso, conhecemos dois casais de brasileiros que também estava lá para aproveitar o baixo preço da passagem e fugir da turistada de Santiago.
Passeio feito, degustação feita, agora era sentar em uma mesa de baixo de uma parreira e comer uma excelente comida acompanhado de vinhos como o San Carlo, Viu Uno ...., vinhos que aqui no Brasil custam mais de R$ 400,00, lá não gastamos mais de US$ 50,00. Quando paramos para ver o relógio, já estava na hora de irmos embora.
A segunda vinícola que conhecemos foi a MontGras também é bem legal, no passeio se experimenta o vinho em todas as suas fases de produção, se não tiverem curiosidade não bebam, pois é muito ruim!!! A degustação da MontGras é um pouco diferente, eles servem junto com o vinho, uns aperitivos que harmonizam perfeitamente com os vinhos servido, realmente muito bom.
Uma experiência nova que também tivemos foi sentir o que é um terremoto, ou um "pequeño temblor". Estávamos sentados, degustando um vinho, quando o chão começou a tremer e as janelas baterem, vimos todos correndo para uma área descoberta e ficamos um olhando para o outro e pensando "o que está acontecendo?", porém foi tão rápido que quando nos demos conta da situação, o tremor já havia acabado. Nesse aspecto, eu não sei como está hoje, mas nesse período que fomos (1 ano após o grande terremoto do Chile), toda a semana haviam esses tremores.
Esse vale possui diversas outras vinícolas, como a Casa Silva, porém, limitados pelo tempo, só conhecemos essas duas, pois íamos para uma região chamada de Cajon del Maipo, um lugar no meio das cordilheiras onde se pratica algumas atividades como tirolesa e rafting.
