terça-feira, 10 de julho de 2012

GALÁPAGOS - PARAÍSO NA TERRA (PARTE 2 - MERGULHO)


Não tem como descrever o mergulho em Galápagos, e olha que nós não fizemos o "live aboard", optamos por ficar na ilha, e mergulharmos praticamente todos os dias. Independente que seja "live aboard" ou mergulho saindo de Puerto Ayora, é bom reservar com antecedência, deixar para reservar na hora, pode-se até conseguir alguns descontos, mas o risco de ficar sem mergulho é mmmuuuuiiiiiiitttttooooo grande, e eu garanto, esse risco não compensa.

Em Puerto Ayora, principal vila de Galápagos, possuem apenas três operadoras de mergulho legalizadas, se eu não me engano. O pequeno número de operadoras legalizadas, não é por não existir interesse em abri-las, mas sim pelo controle do parque nacional. Existem outras operadoras não legalizadas, não tenho como comentar a respeito delas.

A nossa opção, foi influenciada pelo site da PADI, a Scuba Iguana (www.scubaiguana.com), onde tivemos o prazer de conhecer a Claudia, já mencionada no primeiro post de Galápagos.

A equipe da Scuba Iguana, é muito competente e o mínimo que tenho a fazer é agradecer a todos de lá (Claudia, Jimmy, Paulo, Daniel, Quike .....), e de fora da empresa, Juan, marido da Claudia.

A experiência lá, é completamente diferente do que nós temos aqui no Brasil no que tange operação. Quando se fala no preço do mergulho US$ 175.00, logo se pensa, muito caro, mas hoje eu digo que é um preço justo.

O mergulho começa com o encontro na operadora, onde é explicado sobre o ponto de mergulho e se conhece as outras pessoas que vão com você no barco (máximo de 8 mergulhadores), após esse primeiro passo, você vai de taxi (já incluso no preço) até o outro lado da ilha, onde sai o barco. Esse trecho demora em torno de 45 minutos. Chegando ao porto, vamos para a parte boa, para o mergulho. A lancha é rápida, porém o caminho é longo e muitas vezes tortuoso, balança mesmo dependendo do ponto, Quando aparece algum mergulhador novo (que nunca tenha mergulhado com eles), antes de partir para o ponto, eles fazem uma parada em algum local abrigado e fazem um "check-out" para verificar o nível do mergulhador. Abaixo algumas fotos de mergulho para distrair um pouco.




Já no barco, os mergulhadores são divididos dois grupos de quatro, nas duas vezes que eu fui, não mergulhei com nenhum mergulhador inexperiente. O mergulho em Galápagos, na maioria das vezes não é fácil, já começa de forma diferente dos mergulhos no Brasil, você pula do Barco de costas  e em geral com o barco ligado. Não é imprudência, é necessidade, pois o barco se aproxima muito das pedras para largar os mergulhadores em uma área abrigada e logo depois ele se afasta.

Já na água, não se tem muito tempo para ficar na superfície, já começa a descida sem muita espera. Na superfície bate muito e o risco da correnteza separar os mergulhadores é grande. A correnteza é uma constante nos mergulhos, poucos foram os mergulhos sem correnteza, e na maioria das vezes correnteza muito forte, principalmente em Gordon Rocks, jardim dos tubarões martelo.



O que se vê nos mergulhos em Galápagos? Eu posso garantir que TODOS os mergulhos você vai ver tubarão, raias, grandes cardumes, tartarugas (perde até a graça tamanha é a quantidade). Fora os animais que você vai ver em todos os mergulhos, se tem também a oportunidade de mergulhar com lobos marinhos, tubarões martelo, mantas ......., tubarão baleia é privilégio de que vai a Darwin e Wolf (live aboard), apenas poucos sortudos os viram nesse tipo de mergulho.




Para subir no barco, outra situação diferente, o barco se aproxima bem devagar e você tem que pegar em uma corda, para que não se afastar do barco, ainda segurando na corda, se passa todo o lastro e nadadeiras para a tripulação e depois se embarca. No barco, no intervalo de superfície se tem o lanche e no caminho de volta, é servido o almoço (muito gostoso), caso você tenha alguma restrição de comida, eles fazem um prato específico.

Quando se retorna ao porto, os taxis já estão lhe aguardando novamente para levá-lo até o escritório da operadora, onde são passados os dados do mergulho (para o logbook), fotos e vídeos (não incluso no preço) do mergulho do dia. Por isso tudo eu considero o preço cobrado, um preço justo para o mergulho.

Quando devo ir para Galápagos? De janeiro a maio a água é mais quente, o mar mais calmo, porém tem menos vida, de julho a novembro, pela influência corrente de humbolt, a água esfria muito, o mar fica mais agitado e tem mais vida marinha, os meses de junho e dezembro eles consideram meses de transição. 

A visibilidade varia de 5m (nunca peguei uma visibilidade assim) a uns 30m, no meu caso, eu sempre peguei uma visibilidade média de 15m. As duas vezes em que estive lá, foram no final de maio e início de junho, não tenho o que reclamar, eu até brinco, se isso é ter pouca vida ..........????



 No próximo post de Galápagos irei falar sobre os passeios de terra que fizemos, também muito legais. Caso alguém precise de informações adicionais, sintam-se a vontade de entrar em contato.





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